quinta-feira, 26 de junho de 2008

Transmedia

Em mais uma incursão ao mundo na nerdice comercial, encontrei outro artigo interessante, e que mostra ser uma tendência extremamente lucrativa no mundo das novas mídias.
O nome é transmedia, uma evolução do crossmedia, mas com alcances infinitos, de dar nó na cabeça e para colocar os neurônios de publicitários, marketeiros e jornalistas para fervilhar.

Uma breve explicação disso, extraído da Fastcompany:

"In the analog era, such efforts might have fallen under the soulless rubric of "cross- promotion," but today they have evolved and mashed up into a new buzzword: "transmedia." The difference is that cross-promotion has nothing to do with developing or expanding an established narrative. A /Happy Days/ lunch box, in other words, does nothing to advance the story of Fonzie's personal journey.

While such merchandising campaigns still exist, transmedia offers one big plot twist: X-ray vision. Today's audience, steeped in media and marketing, sees through crass ploys to cash in. So the Geek Elite are taking a different approach. Rather than just shill their products in
various media, they are building on new and emerging platforms to expand their mythological worlds. Viewers watch an episode of /Heroes/, then follow one character's adventure in a graphic novel. They tune in to /Lost/, then explore the island's twisted history in an online game. It is this "transmedia storytelling," as Alexander puts it, that ultimately lures the audience into buying more stuff -- today, DVDs; tomorrow, who knows what.
"

Seriados como Heroes e Lost acumulam cifras e fãs ao expandir seus mundos além das telas, e aumentando o número de fãs e cifras. Para se ter idéia do potencial e importância do negócio, a equipe de produção de Heroes é a única a possuir dois executivos exclusivamente responsáveis pela área de transmedia.

Outro forte indício de que não é apenas uma tendência como várias que apareceram e sumiram, foi o resultado do último Festival de Cannes, onde a campanha para o jogo HALO 3 levou o Granprix. Carlos Merigo, analista de tendências/estratégia digital da Fischer América e dono do blog Brainstorm 9, comentou a respeito dessa nova modalidade de se fazer publicidade:

"Não basta ser tecnológico e /modernético/, é preciso envolver pessoas. Sim, e isso você já sabe faz tempo. A medida que a tecnologia e a internet tornam-se cada vez mais sociais, a comunicação deve criar um vínculo com as pessoas nesses meios. Não falamos tanto por aí de mídias sociais? Pois é. O GP para *“Halo 3?* ; por exemplo, mostra a força do emocional, da relação próxima com as pessoas, ao mesmo tempo que fala de algo extremamente geek. Um game, com roteiro fictício, que vira real em uma campanha histórica e integrada."

São todas as possibilidades da Comunicação integradas: publicidade, mídia, planejamento, comercial, jornalismo, ficção. Fascinante, interessante e de deixar os neurônios pipocando projetos e possibilidades.

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